25 maio 2007
EGYDIUM I.

Ele nasceu como todos nós, nu e sujo. Mas, diferentemente de qualquer outro em UATI, seu frágil corpo foi rapidamente enrolado num manto dourado e aquecido pelas emanações mágicas do caldeirão do feiticeiro de sei pai; o grande Olavus Maximus. Os vapores místicos, frutos da mistura de ouro, prata, platina, bronze líquidos e ervas mágicas envolviam seu berço esplêndidamente decorado com tesouros dos mais longínquos pontos do reino. Esses vapores deram ao jovem rebento o poder precoce sobre todas as fontes de riqueza da terra.

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Enquanto crescia, era acalentado por sua nobre mãe e por várias amas. Sonhava ser agricultor. Produzir alimentos e trabalhar na terra, tirando dela toda a sorte de maravilhas. Era apenas uma criança, tinha sete anos, quando foi retirado abruptamente dos braços de sua mãe e entregue aos Sacerdotes Circulares.

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Levado até o templo no sopé do monte Din-Hei-Ramus. Ainda criança, Egydium viu-se rodeado por estranhos e era cuidado por virgens belíssimas e seminuas. No interior do templo, ela era treinado e instruído nas artes secretas e recitava os versos sagrados dos antigos escritos de UATI.

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Quando esmorecia ou se distraía, era espancado até quase a inconsciência pelos sacerdotes. Pois, assim, seu caráter se fortaleceria. Aos quinze anos, foi abandonado nas longínquas e áridas planícies do RUAS AMARGÓRIUM. O objetivo desse exílio era moldar o caráter e transformar a criança em homem. Pois lá, ele deveria sobreviver às hordas de uerreagariânus que habitavam o lugar, abandonados e condenados ao ostracismo perpétuo. Em seu profundo ódio pelos membros das castas superiores de UATI, eles se consideravam traídos e caçavam esses jovens nobres diretóriuns que faziam seu rito de passagem. Capturavam os negligentes e os fracos e, com eles, praticavam atos homossexuais e de canibalismo.

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Ao jovem iniciado, era entregue um farnel de alimentos frugais, um cantil com pouco mais de meio litro de água e uma faca. Com esses apetrechos, deveria sobreviver por quinze dias e atravessar todo o território do Ruas Amargórium até os portais do templo. Só os mais fortes e mais bem preparados conseguiam.

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Para orgulho de seus mestres, o jovem Egydium, conseguiu superar todos os obstáculos da perigosa travessia e ainda trouxe consigo a cabeça de dois uerreagariânus. Mostrava assim, os primeiros sinais de sua predileção pela decapitação.

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Após o retorno ao templo, foi ordenado nas artes secretas de seus ancestrais e entregue a seu pai. Olavus Maximus, sabendo do incrível desempenho de seu filho, enviou-o para a terra sagrada de WALLY STREETS. Lá, ele seria instruído no controle e na multiplicação infinita dos metais preciosos. Seria pupilo do grande mestre e amigo pessoal de Olavus, Deer Nhoj, um dos mais sábios e ilustres senhores de Knabitic.

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Após seu aprendizado, que durou dois anos, retornou a UATI e engajou-se nas forças militares. Influenciado fortemente pelos generais e conselheiros gananciosos de Olavus, após a morte deste na batalha do Canal de Terceirizatórium, assumiu o trono e iniciou uma era de guerras de conquistas.

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Embriagado pelo sucesso e corrompido pelo contato com novos costumes, seduziu-se pelos Deuses pagãos e adotou secretamente o culto sangrento de Bóllor. Instruindo os Sacerdotes Circulares para que vagassem por nosso país buscando vítimas para seus rituais carniceiros.

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Gênio militar e discípulo de Adolf Hitler tornou a matança, os expurgos e a repressão bárbara meios comuns de gestão e de controle populacional. Criou, treinou e equipou um exército de espiões e informantes, conhecidos como babaovóriuns e infiltrou todos os órgãos da administração e as cidades de UATI. Costuma-se dizer que nada é feito ou dito, que os olhos e ouvidos de Egydium não vejam e ouçam.

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Odiado e temido por seus súditos, é constantemente ridicularizado em reuniões e festividades populares. Mas, bajulado pela corte, mantêm-se distante do populacho e crê que tudo vai as mil maravilhas no reino. Combatido ferozmente pela resistência, caça seus membros e os aniquila febrilmente, exibindo seus corpos nas praças das cidades. Conhecido pela alcunha de “O MAU”. Transformou o império que seu pai construiu com bases sólidas de honra e respeito aos cidadãos num verdadeiro abatedouro; onde a vida humana nada significa.

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20 maio 2007
HOMENAGEM A FAMÍLIA REAL DE UATI.
Assisti a uma homenagem como esta no blog Young Vampire Luke Lestat News e, pela candura emocionante destes versos poderosos, resolvi me juntar a esta corrente.
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Coloquem a mão direita sobre o coração e cantem este hino maravilhoso junto conosco.


OBRIGADO A TODOS!

VIDA LONGA AO REI!

Baseado na postagem do blog Young Vampire luke Lestat News - Clique e veja.

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16 maio 2007
O "CALAE BOCUS". (FINAL)

O Dr Alceu olhava a sua volta, tentando desesperadamente achar uma rota de fuga. Os gigantes que o prendiam postaram-se na soleira da porta na câmara a que fora levado. Mulheres lindas de várias raças adentraram o aposento caminhando tão suavemente que pareciam flutuar. Estavam nuas. Os corpos cobertos com pinturas ritualísticas que ele nunca havia visto antes.

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Uma delas, com uma lâmina dourada que se assemelhava a um cifrão, aproximou-se dele e começou a cortar suas roupas. Uma-a-uma, as peças de roupa foram arrancadas e seu corpo foi massageado por dezenas de mãos habilidosas e untadas com o mais fino óleo. Estranhamente, o Dr. Alceu, relaxou e deixou-se invadir pelas ondas crescentes de prazer. Agora, as mulheres, exploravam seu corpo com suas bocas famintas. Os cabelos compridos caiam-lhes sobre os rostos, escondendo o olhar perdido no transe místico.

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Não suportando mais. o Dr, Alceu, urrava em um orgasmo que nunca experimentara. Abatido pelo cansaço, desmaiou. Não soube por quanto tempo. Mas, ao acordar, estava sozinho na câmara. Vestia uma túnica dourada que refletia a tênue luz dos archotes nas paredes. O homem que o trouxera até ali, estava de pé, observando seu despertar. Apesar de ainda estar amarrado, sentia-se calmo e relaxado. Aquela experiência havia sido magnífica para ele. Em sua vida medíocre, nunca havia sido tão estimulado.

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Com a voz calma e compassada, o homem, passou a explicar ao inerte médico o que ocorreria: “Dr. Alceu, agora o senhor está pronto para o ritual principal. Nele o senhor selará o pacto com nossos deuses e através deles, e da obediência cega, conseguirá riquezas e prazeres nunca sonhados pelo senhor. Tudo o que pedimos é que siga o juramento a risca. As conseqüências de rompe-lo seriam devastadoras para o senhor e sua família”.

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Dizendo isso, fez um sinal quase imperceptível com a cabeça e duas mulheres inclinaram-se sobre o corpo do médico o desamarrando. Ajudaram-no a levantar e apoiando-o nos ombros o conduziram ao átrio principal. Lá chegando, notou que o altar estava limpo e irradiava uma luz estranhamente dourada. Aliás, podia notar que o dourado era a cor predominante do local. Estava em toda parte, nas paredes, no altar, e nas roupas cerimoniais.

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As mulheres o conduziram até o altar e o deitaram carinhosamente sobre ele. Os assistentes reuniram-se ao redor do sumo-sacerdote e começaram a entoar cânticos e evocações. Ao fundo, a chama tornava a se elevar e quase tocar a deslumbrante abóbada. O Dr. Alceu fez menção alevantar-se, o êxtase anterior o abandonara e o medo tomava conta rapidamente de sua alma. Porém, duas mãos fortes como garras de aço seguraram seus braços e o imobilizaram.

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Os cânticos cresciam e tornavam-se mais rítmicos e hipnóticos: “Per Adonai Elohim, Adonai Olavus Maximus, Adonai...”

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O sumo-sacerdote ergueu as mãos e o rosto em direção ao céu. E gritando a plenos pulmões, deixava sua voz sobrepujar todas as outras: “pythónicum, mistérium salamándrae, convéntus sylphórum, antra gnomórum, doemónia Coeli Gad, Almousin, Gibor, Bóllor, Evam, Zariatnatmik - Veni, veni, veni!!!”

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Ao proferir as últimas palavras, um facho de luz dourada o atingiu em cheio no peito. Suas mãos desceram até o altar e apanharam a faca cerimonial. Dominado pelo espírito do Deus, ele desferiu um golpe certeiro arrancando os olhos do Dr. Alceu. Um após o outro. Com a mão livre, puxou a língua do médico e, num rápido movimento a decepou.

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O médico desfaleceu, as dores eram insuportáveis, tentou reerguer-se, mas mãos poderosas ainda o detinham. Sentia mãos macias e gentis sobre sua boca e pálpebras. Eram as sacerdotisas virgens que costuravam-nas com finíssimos fios de ouro puro. Enquanto costuravam, entoavam preces num murmúrio ininteligível.

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Ao terminarem a sutura dos orifícios, elas cobriram seu corpo ensangüentado com moedas de ouro. Nesse exato momento, o Dr. Alceu, notou uma coisa impossível: Ele podia ver.

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Via tudo a sua volta. Apesar de não ter mais olhos, ele podia observar tudo através da aura dos corpos. Sentado sobre o altar, não sentia mais dores. A visão das moedas de ouro trazia uma emanação de tranqüilidade mística. Olhou para suas mãos e podia ver através da pele. Tinha o poder da visão além da realidade. Ainda estava imerso nessa nova perspectiva quando foi trazido de volta de seus pensamentos por uma voz retumbante atrás de si: “Tu realizaste o pacto. A partir deste momento, sua alma pertence aos Deuses Banq-Eir-Oz. Apenas a eles e a nós deves obediência. Agora, receberás a caneta mágica. Com este símbolo de nosso pacto você poderá anular quaisquer decisões, pareceres ou diagnósticos que venham a confrontarem-se com nossos desejos. Este é o símbolo e a fonte do seu poder. romper este pacto é entregar sua vida, alma e família a vingança dos Deuses. Terás poder sobre as mentes humanas para aterrorizá-las e infligir-lhes sofrimento. As artes ocultas serão sua fonte de poder e seu legado”.

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Sentindo-se poderosamente estimulado, o Dr. Alceu, foi conduzido por duas virgens até a entrada do templo. O sol brilhava, e sua luz o fez sentir uma profunda dor. Um carro luxuoso e com janelas negras já o aguardava, conduzido pelas virgens, acomodou-se no banco traseiro e sua visão mística retornou. Ao seu lado, criaturas sem rosto o observavam. Uma dela se comunicou, telepaticamente, com ele dizendo: “Seja bem-vindo, Doutor! Nós agora tomaremos conta do senhor.”

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Sem dizerem mais nada, o conduziram ao posto “conveniado”.

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14 maio 2007
O "CALAE BOCUS". ( I )
O RITUAL SECRETO QUE CONFERE PODERES MÁGICOS AOS PERITOS DE UATI.
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A vida era difícil, recém formado, dificuldade de arranjar um bom emprego e de ganhar seu sustento dignamente. O Dr. Alceu era mais um entre milhares de profissionais mau pagos que enchem as folhas de pagamentos de governos do terceiro mundo. Ele sonhava com a independência financeira e com a possibilidade de ter tudo o que sempre sonhara. Uma vida farta e cheia de benesses.

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Cansado de esperar pela chance que nunca chegava, resolveu que iria abandonar a carreira. Não entendia como os médicos enviados para os postos conveniados da Previdência Internacional e que prestavam serviços para a Família Real de Uati e de outros países, dispunham de servos, veículos luxuosos com mordomias variadas, casas em lugares incríveis e maravilhosas. Seus filhos estudando com os melhores mestres de todas as artes e ciências. Era estranho aquilo. Pois ele ganhava exatamente a mesma coisa que eles e não entendia o que ocorria. O mais estranho era que, após irem servir nos postos, eles nunca mais eram vistos. Sempre acompanhados por figuras estranhas, homens (ou pelo menos pareciam ser) encapuzados usando mantos e de quem nunca se podia ver o rosto.

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Ele se intrigava com aquilo e, parte por inveja, começou a investigar. Apurou que as criaturas que se passavam por servos, na realidade eram os mestres deles. Os conduziam, do posto ao trabalho para que nunca fossem observados ou seguidos. Os alimentavam e os protegiam evitando que fossem atacados pelos comandos da resistência. Era praticamente impossível chegar perto de um deles. Mesmo nos exames, as criaturas cuidavam para que só se chegassem a eles, após cuidadosas revistas e acompanhamento rigoroso.

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Sem notar, o Dr. Alceu é que estava sendo observado e sondado. Numa noite, um carro parou em frente a sua humilde casa na periferia e dois homens bem vestidos saltaram e bateram em sua porta. Ao abri-la, o Dr. Alceu, se assustou e tentou recuar. Agarrado pelo braço, foi conduzido ao interior do veículo. Lá, um homem jovem e com um ar soturno, disse com uma voz pausada, baixa e assustadora: “Dr. Alceu, temos acompanhado seu ”interesse” por nossas operações na Previdência Internacional. Estaria interessado em fazer parte delas?”

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Nervoso, suava frio, e aquelas palavras penetraram em seus ouvidos de uma forma inesperada e estranha. Seu coração parecia parar de bater. Sentia o sangue reduzir a velocidade nas veias e gelar. Naquele momento, seus sentidos estavam tão afiados que ele tinha a percepção ampliada muitas vezes e podia ver o mundo a sua volta como nunca antes. Gaguejando e falando tão baixo que suas palavras soaram quase inaudíveis, ele sussurrou: “S-sim.”

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Sem dizerem mais uma palavra sequer, os homens reuniram-se a ele e o veículo mergulhou na noite. Após várias horas, chegaram à fronteira com UATI. Estranhamente, sem solicitarem documentos ou sequer olharem o interior do veículo, os guardas ergueram a barreira e permitiram a entrada do carro naquele país estranho.

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Chegaram já na alta madrugada a uma construção antiga que aparentava ser um templo. Era muito velha mesmo. Os entalhes nas portas e nas pedras davam ao lugar uma aura inequívoca e assustadora de terror extremo. Podia perceber que era uma língua antiga e, a muito, esquecida. Era estranho. O que eles queriam dele? O que aquele lugar que, agora tinha certeza, era um templo tinha a ver com um médico? Seria um teste? A verdade é que já se arrependera. Queria correr e fugir. Mas sabia que se desistisse, estaria morto.

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Os homens o conduziam pelos corredores escuros e fumarentos, como se já conhecessem o local intimamente. A luz da aurora, que já se pronunciava, era incapaz de penetrar as janelas escuras e aquela atmosfera doentia. Sentia dificuldade em respirar. No ar, havia um cheiro nojento e adocicado que revirava seu estomago.

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Chegaram a um átrio enorme que antecedia um salão maior ainda. No centro do salão, via-se o que parecia ser uma fogueira gigantesca. As chamas subiam pelo ar quase até tocar a cúpula dourada que encimava o templo. Ao seu redor, criaturas com mantos escuros entoavam cânticos que ele não conseguia compreender. Ao centro, um pequeno altar de ouro, circundado por pinturas gigantescas dos Deuses Banq-Eir Oz, retratando todo o panteão sagrado.

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Sobre o altar, um homem vestindo uma túnica dourada era martirizado. Estavam arrancando-lhe os olhos. A cena macabra o chocou profundamente. Virou-se e tentou correr. Foi agarrado, amarrado e silenciado. O estranho homem, que até aquele momento só havia falado com ele no carro, virou-se e calmamente sussurrou em seus ouvidos num tom condescendente: “Doutor, infelizmente não aceitamos desistências”.

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Nada havia preparado o pacato Doutor Alceu para o que aconteceria depois.

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(Continua...)

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10 maio 2007
O DIA DE SÃO OLAVUS.

O MASSACRE DOS INOCENTES.
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Com a morte de Olavus Maximus na Batalha do Canal de Terceirizatórium e a ascensão de Egydium I ao trono de UATI (veja em “Cruzadas Enriquecedoras”), nosso país mergulhou num hiato de poder que beirou perigosamente ao caos político.

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Pressionado pelos antigos conselheiros de Olavus Máximos, o novo rei, via-se obrigado a tratar seus súditos com o mesmo respeito e devoção que seu pai tanto prezara. Forçado a obedecer aos tratados internacionais assinados por Olavus, Egydium I, era constantemente advertido de que seus sonhos de domínio global e a prática de sacrifícios humanos no culto ao Deus Bóllor, não seriam tolerados pela assembléia dos DIRETÓRIUNS. A casta dominante de UATI. Todos forjados pelas batalhas ao lado do líder grandioso que era Olavus, secretamente, riam-se do imbérbere aprendiz de ditador.

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Porém, os nobres subestimaram a fome de poder e a implacável sede por expansão que habitavam na alma enegrecida do jovem Egydium I. Diz à lenda que, para obter o dom de controlar a alma dos homens, ele derrotara o próprio Lúcifer em um jogo de cartas roubado. Seja isso verdade ou não, o jovem rei conseguiu convencer um pequeno grupo de filhos de nobres diretóriuns a rebelarem-se contra os próprios pais e promoverem a morte de seus pais, coincidentemente opositores de Egydium I. Esta foi à senha para um massacre de proporções ainda maiores.

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Homens, mulheres, crianças, velhos, doentes ou sadios; absolutamente de qualquer casta ou classe social foram visitados pelas lâminas afiadas dos Sacerdotes Circulares incorporados pelos Decepadores. O massacre durou um dia e uma noite inteiros. Cidades como CTO, CANCELA, CEIC e outras menores espalhadas por todo território uatiense viram seus habitantes serem reduzidos a muito menos da metade ou, em alguns casos, a zero.

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Bandos de cavaleiros mascarados conduziam os sacerdotes em transe místico para o centro dos povoamentos e lá os libertavam. As espadas afiadas brilharam a luz do sol e da lua. Os gritos ecoavam e invadiam cada aposento, cada castelo, cada choupana. Mães imploravam por seus filhos e maridos. Mas eram, igualmente, eliminadas.

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Relatos da época dão conta que os cadáveres empilhavam-se nas ruas e nas margens dos rios de modo que ninguém comia peixe e nem conseguia trafegar pelas ruas sem pressionar panos perfumados junto ao nariz.

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Ao saber do massacre, o Papa Gregório XIII, enviou emissários para descobrir o que acontecia. Corrompidos por Egydium I, esses emissários voltaram a Roma com a notícia de que o massacre tinha sido promovido contra os seguidores do Deus Bóllor. Gregório XIII ficou muito feliz com o acontecido: os sinos de Roma ressoaram para um dia de graças, foi cunhada uma medalha comemorativa em honra da ocasião e o papa encarregou o artista Giorgio Vasari da pintura de um mural celebrando o fato.

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Mais uma vez, Egydium I, tinha livre o caminho para implantar seu reino de terror e morte.

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Baseado no “Massacre da Noite de São Bartolomeu”. Massacre promovido pelos reis da França contra os Huguenotes em 1572.

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08 maio 2007
CRUZADAS ENRIQUECEDORAS. ( FINAL )

A VITÓRIA FINAL E O DOMÍNIO DO MUNDO.

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Com a situação de Hitler se agravando na Europa e o cenário de destruição alastrando-se por toda parte. Egydium I usou seu poder, aumentado enormemente em face as suas últimas aquisições territoriais, para aproveitar-se da inocência de outros governos e da confusão reinante no mundo.

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Suas tropas numerosas e bem treinadas agora marchavam por longas extensões territoriais. Enquanto o mundo se preocupava com as loucuras alemãs, ele esmagava pequenos principados e protetorados sob as solas das botas de nosso exército. Eu mesmo comandei unidades de assalto em vários combates que a história esqueceu (ou fingiu esquecer), mas que os conquistados lembram com horror até os dias de hoje:

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FGA OCNAB e suas ilhas colônias FGA LISARB e FGA ADIV EAICNÊDIVERP; ASDBC; IPB; OTIDERCINU; AXIACAL; SANACIREMA SAJOL; NOSTOB KNAB; LX LATIPAC que após a conquista passou a chamar-se PROTETORADO LX UATI; e, finalmente após a queda do Japão, nossos exércitos ocuparam o APSENAB REDNATNAS. Em cada um desses lugares, a tomada e controle dos territórios era seguida por um expurgo gigantesco, onde almas humanas eram entregues à fúria dos SACERDOTES CIRCULARES.

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Após os combates encarniçados, as baixas foram tantas entre os territórios conquistados que habitantes de UATI foram designados para ocupar os postos relevantes em suas administrações e forças armadas.

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Hitler em seu desespero pré-apocalíptico viu nas legiões de UATI, a sua única salvação. Enviou submarinos para nossa costa com malotes diplomáticos contendo toda a sorte de propostas e acordos. Seu amado discípulo, a quem havia dado toda sua atenção e ensinado todas as artes, não o abandonaria. Em seu bunker nos subterrâneos de Berlim, aguardava a ajuda e a mão de ferro que esmagaria seus inimigos de uma vez por todas e juntos, ele e seu amado filho escolhido pelo coração, governariam o mundo.

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Egydium I ao ser alertado sobre a presença dos submarinos alemães e das propostas por eles trazidas, organizou um banquete para as tripulações e com toda a pompa e circunstância, envenenou os marinheiros e enviou as máquinas ENIGMA para os aliados. Esta sim foi à verdadeira causa da vitória final dos aliados no Atlântico e o fato que determinou a derrocada final de HILTER.

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Mesmo enquanto pressionava o gatilho de sua Lugger contra a cabeça, Hitler, tinha em seu coração e mente a firme convicção de que os exércitos de UATI ainda viriam em seu auxílio, vingando sua morte.

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Estavam encerradas as Cruzadas Enriquecedoras, como ficaram conhecidas as guerras de conquista que transformaram UATI de uma simples aldeia de nômades em uma das maiores potências mundiais. E, após a ascensão de Egydium I ao trono, num dos lugares na terra onde a vida humana menos vale.

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04 maio 2007
AS CRUZADAS ENRIQUECEDORAS. ( VII )

AS CRUZADAS BLINDADAS.

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Com a Europa mergulhada no caos da guerra, Egydium I estava pronto para iniciar mais uma campanha de conquistas territoriais. Aliando-se informalmente aos países do EIXO, e atuando como intermediário diplomático entre os Aliados. Egydium I tinha trânsito livre em quase todo mundo. Apenas alguns países clamavam ferozmente para que o mundo livre acordasse, antes que fosse tarde demais. Os discursos inflamados propunham ações rígidas a serem implementadas pelos demais membros a fim de evitar o avanço expansionista de UATI. Eram eles: TLATSNATIDERC ABBB, ODATSENAB, GEB E OCNAB TAIF.

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Estes países divulgavam informações comprometedoras dos avanços de tropas e do envolvimento de Egydium I com os líderes do EIXO: Hitler, Mussolini e Hiroyto. Abastecidos pela resistência, que nessa época, estava em seus primórdios em UATI, os governos desses países uniram-se numa frente de combate diplomático e militar contra nós.

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Egydium I e seus conselheiros achavam que esses ataques acabariam por sensibilizar os Aliados e revelar o jogo duplo feito pela Família Real Uatiana. Sabedores disso decidiram que o melhor seria adotar uma tática diversionista. Infiltrando agentes do Serviço secreto de Uati nos altos cargos desses países, Egydium I conseguiu reunir dados cruciais sobre as defesas e deficiências militares deles. Apesar de aparentemente fortes, o serviço secreto, havia revelado que esses países atravessavam problemas estruturais graves, e não teriam chance de sustentar uma guerra em grande escala com UATI.

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Rapidamente, um grande contingente de forças foi enviado para a fronteira desses países. Era setembro de 2000 (D.A.O.)*, após a tomada de JRENAB pelas forças uatianas, as tropas destacadas em EGMEB sob o comando do Marechal Clausius, uma vez livres da ameaça das forças de Del ERYA NEUB estacionadas em SÊNARF OCNAB iniciaram uma série de ofensivas contra o TLATSNATIDERC ABBB, então colônia de ODATSENAB, com vistas a dominar o Canal de Armagórium e depois atingir as reservas petrolíferas de GEB, também sob domínio de ODATSENAB.

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Os efetivos odatsenabenses destacados no norte da fronteira de UATI e que compunham o então designado XIII Corpo de Exército, comandado pelo General Albertur Gold, após alguns reveses iniciais realizaram uma espetacular contra-ofensiva contra as forças uatianas que, apesar de sua superioridade numérica foram empurradas por 1200 km de volta a SÊNARF OCNAB , perdendo todos os territórios anteriormente conquistados. Esta derrota custou aos uatianos à destruição de 10 divisões, a perda de 130.000 homens feitos prisioneiros, além de 390 tanques e 845 canhões.

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Como a situação que surgia era crítica para as forças de UATI. Egydium I e o Conselho dos Sacerdotes Circulares (CSC) decidiram enviar tropas de elite uatianas a fim de não permitir a completa desagregação das forças na frente de batalha.. Cria-se dessa forma em Janeiro de 2001 (D.A.O.)* o Corpo dos Decepadores (Corpo Expedicionário Uatiano em ODATSENAB), cujo comando foi passado ao então Tenente General Albrertus Rommel Insírios, que posteriormente se tornaria uma figura legendária sob a alcunha de "A Raposa”. Foram enviadas a ODATSENAB duas divisões uatianas em auxílio aos já instalados, a 5a. Divisão Ligeira e a 15a. Divisão Blindada. Os Uatianos, sob o hábil comando de Rommel Insírios, conseguiram reverter a iminente derrota uatiana e empreenderam uma ofensiva esmagadora contra as forças de ODATSENAB enfraquecidas (muitos efetivos haviam sido desviados para a campanha da Grécia, então sob pressão do Eixo) empurrando-as de volta à fronteira gebiana. Após uma sucessão de batalhas memoráveis como El Terceirizatórium, El Amargórium, Sollum, Gazala, Chotruk e Planície Demissional os uatianos são detidos por falta de combustível e provisões na linha fortificada de El Conhecitórium, uma vez que o Mar de OCNAB TAIF encontrava-se sob domínio dos aliados. Finalmente, a Outubro de 2003 (D.A.O.)*, após 4 meses de preparação os Aliados contra-atacaram. Mas foram rechaçados pelas, agora bem supridas, forças uatianas. As tropas Aliadas iniciaram um grande recuo de volta. Buscando encurtar suas linhas de abastecimento e ocupar posições defensivas mais favoráveis. Entretanto, depois de 8 de novembro, as forças uatianas os cercaram e empurraram as unidades remanescentes e seu audacioso comandante para o mar. E no final de 2003 (D.A.O.)*, 250 mil homens dos exércitos dos três países se rendem aos Decepadores dando fim à campanha.

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Egydium I triunfara mais uma vez.

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(*) Depois da Ascensão de Olavus.

Baseado na Campanha do Afrika Korps, realizada no Norte da África entre alemães, italianos e os aliados.
Durante a Segunda grande Guerra.


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01 maio 2007
AS CRUZADAS ENRIQUECEDORAS. ( VI )

AS CRUZADAS DIPLOMÁTICAS E O PRENÚNCIO DE UMA NOVA GUERRA.

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Após o sucesso da Campanha Alpina e o crescimento galopante alcançado por UATI durante a guerra, EGYDIUM I, fez uma série de viagens a Europa para apreciar seus novos domínios. Agora, além de soberano de nosso país, era alçado a categoria de chefe de estado mundialmente respeitado. E, por que não dizer? Temido.

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A estratégia primorosa apresentada por ele na conquista de SÊNARF OCNAB e SUDNIREMAB colocou-o em posição de conversar de igual para igual com diversos políticos e estrategistas mundiais.

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Em uma dessas viagens de intercâmbio, Egydium I, conheceu um homem que mudaria sua vida. Alguém que ele passou a admirar e a respeitar como se fosse seu segundo pai. Um homem que de uma nação arrasada e humilhada, ergueu um império maravilhoso e desenvolvido que duraria mil anos. Alguém que jamais seria esquecido e que teria seu nome repetido pelos séculos vindouros. Um homem como aquele ele gostaria de ser:

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ADOLF HITLER.

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Nunca alguém havia mexido tanto com ele antes. Aquele homem de estatura baixa e franzina refletia todos os seus ideais de liderança. A força, a disciplina, o poder resplandecente e total. Era isso que ele buscava.

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Tornaram-se amigos íntimos e Egydium I referia-se a Adolf Hitler como “meu amado pai”, tornou “Mein Kampf” seu livro de cabeceira e profissão de fé. Em sua biografia autorizada, Egydium I relata que após este encontro, aprendeu o que era realmente governar. E resolveu por em prática todas as técnicas daquele grande líder em seu próprio reino. Mas, lembra-se que, acabou por aprimorá-las e a elevá-las a um nível de, como descreveu: “Estado da Arte”.

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Retornando a UATI, reuniu seus conselheiros e apresentou a eles seus planos de domínio do mundo. Seguindo as técnicas recém adquiridas, nomeou seu fiel escudeiro o BARÃO OTO VON XAVEZDORF como Ministro da Propaganda. E este homem viria a colocar o marketing e a propaganda de UATI num nível tal que Joseph Goebbels (Ministro da propaganda de Hitler) não conseguiria uma vaga sequer de office-boy. (Leia mais aqui)

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Estavam lançadas as bases para uma série de invasões e conquistas sem precedentes. Adotando a tática da “Blitz Krieg”, Egydium I, invadiu sem aviso prévio ou declaração de guerra formal um país chamado JRENAB. E, em menos de duas semanas, seus habitantes caíram frente à máquina de guerra superior de UATI. Jrenab era tão atrasado tecnologicamente que as unidades blindadas de Egydium I, foram contra atacadas com cargas de cavalaria. Nem é preciso ressaltar que foi uma carnificina.

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Ao mesmo tempo. O Barão Oto Von Xavezdorf inundava o país com sua propaganda pró UATI. A campanha foi tão eficiente que vários habitantes de Jrenab acharam que havia sido bom para eles a invasão. Muitos ainda pensavam assim, enquanto eram encaminhados para os campos de extermínio pelos Sacerdotes Circulares.

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Após a anexação de Jrenab, uma onda de protestos internacionais tentou varrer as pretensões expansionistas de UATI. Egydium I num feito primoroso de diplomacia exigiu que, para suspender seu avanço, dois outros países deveriam ser anexados: EGMEB e a província de Del ERYA NEUB. Alegando que nesses países a maioria da população geneticamente era UATIANA, ele conseguiu persuadir a Liga das Nações em sua sede em Wall Street a entregar-lhe o controle administrativo desses territórios. Esperando cessar o ímpeto daquele homem ganancioso e perigoso, as nações mundiais preferiram ceder aos seus pedidos esdrúxulos a enfrentá-lo. A máquina militar e de propaganda de UATI, já era temida por muitos. Com a alegação que se tratava de evitar “um mal maior”, os representantes das nações entregaram aqueles países a Egydium I.

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Dizem que durante seu discurso inflamado, vários dignatários torciam os narizes para seus argumentos. Mas, num canto do plenário, uma figura excêntrica com cabelos pretos e um bigodinho engraçado sorria maravilhado: Era Hitler.

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Baseado nos episódios da inavasão da Polônia e a anexação dos Sudetos que deram início a Segunda Gerra Mundia.

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