Com a morte de Glaucius, uma nuvem negra pairava sobre todos os habitantes de UATIKREDIS. A resistência obteve informações que EGYDIUM I havia descoberto as ligações de Rubiens com os rebeldes e preparava um gigantesco expurgo em nossa cidade.
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Muitos ignoravam o fato de que suas vidas estavam marcadas para a extinção em muito breve. Dasivyd estava contente e ostentava, descaradamente, seu contentamento com as notícias (que até o momento ele julgava ser o único conhecedor).
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No CASTELO CTO, as primeiras vítimas foram sacrificadas: Joisle Alouisious, adido administrativo de UATIKREDIS na capital, foi executado por um sacerdote decepador enquanto dormia.
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A tensão crescia vertiginosamente. E, com ela, a pressão por resultados. Já sobrecarregados com trabalho excessivo e jornadas penosas, o populacho sentia que algo estava para acontecer. Sem noção do perigo, levava suas vidas normalmente.
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Foi quando, interceptando uma transmissão entre o Grão-Sacerdote Circular do CTO e Rubiens, descobri que os dias de vida pacata em UATIKREDIS estavam fadados a terminar.
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Lendo uma Ordem Real, o Grão-Sacerdote, comunicava a Rubiens que era de conhecimento de Egydium I e da Família Real o seu envolvimento com as operações clandestinas da resistência. Como era idolatrado pelos seus comandados e possuía forte influência política em várias cidades de UATI; Rubiens recebeu o perdão real em troca da delação dos membros da resistência no UATIKREDIS e em outras cidades.
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Indignado, Rubiens, negou-se a delatar seus companheiros e disse que tudo aquilo era culpa da Família Real. Pois em sua sanha por lucro fácil e rápido, haviam passado das medidas com o povo e oprimido a população de UATI a tal ponto que a revolta nasceu e se fortaleceu entre todos os habitantes. Mesmo que ele fosse eliminado, muitos outros se levantariam e continuariam a luta.
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O Grão-Sacerdote ouviu tudo calado e, após uns momentos de reflexão, ordenou que Rubiens cometesse suicídio ou toda a sua família seria eliminada. Além disso, como se negara a fornecer nomes, todos no UATIKREDIS seriam mortos. Desapontado com tamanha selvageria, Rubiens encerrou a conversação e retirou-se para seus aposentos a fim de dar cabo de sua vida. Salvaria sua família e seus comandados em troca de seu gesto extremo.
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Imediatamente, entrei em contato com os outros membros e relatei o ocorrido. Montamos, então, um plano para tentarmos livrar Rubiens e enganar a Família Real.
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Na manhã do dia seguinte, um de nossos membros plantou provas de traição contra Dasivyd Bokmal Ódor nos arquivos do Serviço Secreto de Sua Majestade no CTO. Sabíamos que o delator de Rubiens tinha sido ele (que a muito esperava ter o controle total da província). Ambicioso e ardiloso, tinha por meta a destruição de Rubiens que o derrotara e ridicularizara várias vezes; tornando-o o alvo de chacotas em todo UATI.
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Sabíamos que estávamos chegando ao fim, mas cairíamos lutando e fazendo o maior número possível de baixas entre os exploradores e maquiavélicos serviçais de Egydium I.
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Dois dias depois, Dasivyd, chegou à Mesa para mais uma rodada de negociações com Carlus Careculus. O dia estava infernalmente quente. O sol, impiedoso, derramava seu calor escaldante nas pedras e no solo seco daquela terra desolada. Dasivyd ficou apreensivo com a demora de Carlus Careculus, mas estava tão senhor de si e certo de sua importância que nem percebeu a figura sem rosto; envolta em vestes escuras, com uma reluzente espada que decepou sua cabeça num único golpe.
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