11 abril 2007
AS CRUZADAS ENRIQUECEDORAS. ( I )
( I - A BATALHA DE "PODUS IN GLÚTEOS" )

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Nos primórdios, UATI era um país feliz. Seu povo era bem quisto pelo Grande Rei OLAVUS MÁXIMUS. Havia confiança em sua liderança arrojada e enérgica; porém, humana e preocupada com a vida de cada de seus súditos.

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Naqueles dias, Uati era uma nação ainda incipiente. Formada basicamente por tribos nômades que foram reunidas por Olavus Máximus e seu fiel amigo Morae Arbreusens. Homens de visão que unificaram o país após lutarem e derrotarem os líderes tribais. Por isso mesmo, freqüentemente países estrangeiros investiam contra as fronteiras de UATI com o intuito de apoderarem-se de seu território ou saquear suas riquezas.

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Nosso principal inimigo, naquela época, era o principado de SÊUGUTROP. País mais antigo e dotado de maior extensão territorial e um exército regular bem treinado. Seus ataques ameaçavam a integridade, tão duramente, conquistada de nosso país. Os líderes tribais do norte reclamavam dos saques e da falta de apoio do governo central. Ameaçavam insurgir-se e formar um exército independente para levar ao centro-sul de UATI, o mesmo flagelo que os assolava.

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Olavus e Morae resolveram que era chegada à hora de “DAR UM BASTA” nos ataques de SÊUGUTROP e dar uma resposta clara às nações vizinhas, que tivessem “olho grande” em nosso país. Que agressões não seriam toleradas e que nosso povo era capaz de defender-se.

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Porém, havia um grande problema. Como havíamos nos formado como nação há muito pouco tempo. Havia ainda aquele “ranço” de individualidade nas tribos mais afastadas do governo central. E, o pior de tudo, não havia um exército regular treinado, mobilizado e equipado para uma guerra em grande escala.

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Contudo, essas preocupações foram abandonadas quando a notícia da invasão de nossas fronteiras ao norte pelo exército de SÊUGUTROP, caiu como uma bomba no castelo CTO. Era necessário enviar uma força de repressão imediatamente. Pois as forças inimigas avançavam em direção ao interior do país, saqueando tudo que encontravam e matando os habitantes locais.

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Olavus Máximus reuniu um pequeno grupo de voluntários escolhidos entre os melhores e mais bem treinados de nosso exército. Totalizavam trezentos homens. Guerreiros ferozes e engajados na defesa de nossa terra mãe. Ele partiu nos primeiros raios da aurora de um belo dia de verão de 480 A.A.O. (Antes da Ascensão de Olavus)

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Certamente, aqueles intrépidos homens, marchavam sabendo que iam para a morte. Uma força tão diminuta não era párea para um exército bem treinado e armado; e em número superior em quase dez para um. Mas, em seus rostos, via-se a alegria só encontrada em guerreiros que lutam por uma causa justa. Pois seu país os amava e os respeitava e, principalmente, os protegia. E aqueles homens valorosos, dariam seu sangue para manter a integridade e a harmonia reinante em UATI. (Isso “naqueles” tempos românticos.)

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Morae Arbreusens ficaria encarregado da gestão governamental e arregimentar reforços e despachá-los quando possível. Por todo UATI, centenas de homens, mulheres e até velhos e crianças apresentavam-se para servir ao exército e lutar para proteger sua pátria.

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Os exércitos de Olavus e de Sêugutrop encontraram-se numa área espremida entre o oceano e as montanhas de “RUAS ARMAGORIUM”. O lugar era conhecido como o estreito dos “PODUS IN GLÚTEOS”. Esse estreito era um lugar almadiçoado em UATI. Para ele, eram enviados os criminosos e os destinados ao banimento das aldeias.

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Olavus, como grande estrategista, resolveu basear seus homens nas escarpas que ladeavam o estreito. Dali eles poderiam atacar os invasores sem sequer serem vistos. E deter o avanço inimigo por um longo período. Dispuseram-se com metade de suas forças formando uma parede na estreita faixa de terra, dois terços do restante dos homens foram posicionados nas escarpas das montanhas e o restante ficou um pouco afastado em reserva. Entrariam em combate à medida que fosse necessário.

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O gigantesco exército inimigo entrou pelo estreito sem aperceber-se de nada. Ao avistarem a barreira humana que pretendia barrar seu avanço. Seu líder tentou enviar uma parte de suas tropas para contornar as forças de Olavus e, num movimento de pinça, exterminá-lo. Os homens de Olavus que estavam nas montanhas provocaram uma avalanche e impediram o recuo do inimigo. Assim, estavam presos numa armadilha mortal. Dali, só havia uma saída: Passar por Olavus.

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Nossos homens nas montanhas derramavam sobre eles uma chuva de flechas tão densa que, na mitologia de UATI, cobriam o sol. Milhares de inimigos morriam e os que avançavam eram obrigados a escalar a montanha de corpos que se elevava pelo estreito caminho. Os poucos que passavam, deparavam-se com a muralha humana e feroz, que manipulava espadas, lanças e escudos com habilidades magistrais. Cortando membros e decepando cabeças. Num verdadeiro mar de sangue e corpos.

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As unidades de reserva atuavam preenchendo as falhas da muralha de combatentes e mantendo a pressão esmagadora sobre os inimigos. As baixas dos dois lados eram inimagináveis. Os exércitos de Sêugutrop estavam em pânico e começaram a debandar para o mar. A vitória de Olavus era iminente. Todos seriam exterminados.

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Mas, acima dos clamores do campo de batalha e dos ruídos das espadas, soou o toque de “cessar fogo”. Mais uma vez, Olavus demonstrava sua personalidade magnânima e poupava as vidas daqueles bravos guerreiros. O general inimigo rendeu-se a ele naquela noite. E após negociações diplomáticas, Sêugutrop foi anexado a UATI. Ampliando assim, nosso território e capacidade militar.

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Foi uma batalha inesquecível.

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(Inspirado na batalha das Termópilas ocorrida em 480 A.C.)

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posted by Lord Sarubiano at 11:43 AM ¤ Permalink ¤


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